Clique na foto e veja a cidade de vários ângulos
Carnaval
Mais um ano sem festejos na rua - Erechim mantém seu Carnaval elitista
Em reportagem especial, o BV traz
a história e curiosidades do carnaval, mostra o lado aristocrático da festa e
lamenta a morte de ‘Panela’, que levou consigo para o túmulo o carnaval de
rua de Erechim
Toda cidade tem seu tipo popular. Erechim teve várias dessas figuras. No Carnaval, um dos mais importantes e que marcou sua presença definitivamente – segundo levantamento do colega José Ody, em reportagem publicada no jornal Diário da Manha, de 22 e 23 de fevereiro de 1990 – era conhecido como ‘Panela’. Simples, humilde, louco por uma brincadeira, humano, racionalista e amante de um samba de rua em tempos de Carnaval. ‘Panela’ morreu de uma doença também muito comum. E com ele, muitos reconhecem até hoje – 30 anos depois – morreu o Carnaval de Rua de Erechim.
‘Panela’, o Carnaval e sua história
O desaparecimento do Carnaval de Rua tem muito a ver com o desaparecimento de uma figura folclórica de Erechim: o popular ‘Panela’. Este é um fato reconhecido por muitos que conheceram os carnavais mais antigos de Erechim e, principalmente, que conviveram e habitaram esta terra à mesma época do popular sambista da cidade.
De apelido ‘Panela’, Edmundo Palhano Sobrinho era natural de Alegrete. Da fronteira foi transferido nos quadros da Brigada Militar para Machadinho. Mais tarde seria destacado para trabalhar em Viadutos e, por volta dos seus 30 anos de idade, acabou fixando residência em Erechim, então como funcionário da secretaria de Saúde.
Tradicionalista do CTG Heróis do Ibirapuitã, do qual foi fundador, ‘Panela’ era um apaixonado por Carnaval. Aliás, lembra José Ody, foi como animador de desfiles nas noites de Carnaval que acabou tornando-se um ‘tipo popular’.
Embora de origem humilde, ‘Panela’ atirou-se de corpo e alma aos desfiles de Carnaval. Tornou-se presidente do Clube 13 de Maio, localizado próximo à avenida Farrapos. Junto com associados do clube, sempre duas semanas antes do Carnaval, ‘Panela’ começava a movimentar-se, em busca de apoio, dinheiro, instrumentos e qualquer incentivo que fosse para ajudar sua escola de samba a sair nas noites de Momo.
Dedicado, alegre, brincalhão, amigo e acima de tudo popular, ‘Panela’ percorria o comércio e indústria e visitava os órgãos oficiais do município para conseguir verbas e ajuda para colocar sua escola na rua. Junto aos colégios da cidade, ele argumentava e levava instrumentos de percussão para sua ‘escola’. O resto vinha dos próprios elementos que compunham a escola de samba, conforme lembra o filho de ‘Panela’, Ubirajara Palhano, também e músico e que, por vezes, chegou a desfilar com seu pai.
Volta na Maurício Cardoso
Com o apoio de empresas que forneciam dinheiro e vestuário, geralmente camisas trazendo o nome da firma, além da dedicação de cada componente da escola de Samba do ‘Panela’, era comum nas quatro noites de carnaval a população se concentrar ao longo da av. Maurício Cardoso e esperar o desfile da ‘escola’.
Os foliões compunham um grupo de cerca de 30 pessoas, segundo testemunhos. Saiam do 13 de Maio e se concentravam próximos à prefeitura.
Dali rodeavam a praça do Chafariz e subiam pela avenida. Na altura da praça Daltro Filho, faziam o retorno e voltavam, descendo pela avenida, terminando com o som apenas no 13 de Maio.
Atrás da ‘escola de samba’, juntava um grande número de pessoas que aproveitavam tal fenômeno acústico para desfilar na avenida.
Isso acontecia em quase todos os carnavais, só desaparecendo, com a morte de ‘Panela’. Outros carnavais de rua aconteceram, por poucos anos – e até mesmo em tempos mais recentes – mas não vingaram.
Assim, a figura popular de ‘Panela’, desfilando pelo centro da cidade à frente de sua modesta escola de samba, sempre será lembrado como símbolo dos carnavais de rua de Erechim.
Abre alas...
“Ó abre alas que eu quero passar...Ó abre alas que eu quero passar...Eu sou da lira não posso negar...Ó abre alas que eu quero passar...Rosa de ouro é que vai ganhar”, corria o ano de 1889, quando a revolucionária Chiquinha Gonzaga elaborou esta marchinha de carnaval, que está entre as mais tocadas e repercutidas da maior festa popular brasileira, responsável por atrair turistas de todo o mundo que vem ao território tupiniquim babar por nossas mulatas e gastar seus dólares/euros celebrando o nosso festejo.
De lá para cá, seja no Sambódromo do Rio de Janeiro ou de Joaçaba (melhor carnaval do Sul do país), ou ainda nos QG’s e sociedades de Erechim – com seus blocos carnavalescos, que se ‘deleitam’ até altas horas e por vezes esvaziam os clubes – a folia de Momo celebra as coisas abstratas e inclusivas como o sexo, a alegria, o prazer, o luxo, o canto, a dança, e a brincadeira.
Todavia, como se viu no início desta reportagem, ao menos em Erechim, o Carnaval perdeu as feições de tempos antigos.
Hoje, os mais afortunados aproveitam o período da festa para ‘curtir’ o litoral, seja de Santa Catarina, Bahia, ou do próprio Rio Grande do Sul.
Os jovens – de classe média, em sua maioria – integrantes de blocos carnavalescos se reúnem em seus ‘quarteís generais’ (QG’s) e lá fazem de tudo, seguindo à risca alguns preceitos de deus grego Dionísio.
Outros optam por ir ao vizinho município de Gaurama, onde a imagem de um carnaval mais atrativo do que o de Erechim foi bem vendida – apesar das confusões que por lá se repetem seguidamente.
Além de existência daqueles, que sem alternativa - ou vontade de buscar alguma outra alternativa - acabam ficando em casa, assistindo o desfile pela tela da Globo.
Mas, num corte geral, o Carnaval de Erechim não contempla o interesse do povão.
Contemporaneamente não há um ‘Panela’ impregnado do desejo de botar sua escola na avenida – nem que seja batendo frigideira – para se esbaldar nesta festa, tipicamente, popular.
Por essas e por outras, que tal o poder púbico fazer ressurgir - de modo estruturado e planejado - o Carnaval de Rua de Erechim, atendendo os anseios de uma grande camada da sociedade.
A origem do Carnaval
A procedência do Carnaval tem sido objeto freqüente de controvérsias. Freqüentemente tem sido atribuído à evolução e à sobrevivência do culto de Ísis, dos bacanais, lupercais e saturnais romanos, dos festejos em honra de Dionísio na Grécia, e até mesmo às festas dos ‘inocentes’ e dos ‘doidos’ da Idade Média, às quais sucessivos processos de deformação e abrandamento, teriam originado os mais famosos carnavais dos tempos modernos, como os de Nice (em decadência), Paris, Veneza, Roma, Napóles, Florença, Colônia e Munique.
Mas seja qual for sua origem, o certo é que o Carnaval já é encontrado na Antiguidade Clássica, com suas danças barulhentas e máscaras, traços que são mantidos até hoje.
Idade Média
Segundo pesquisa do jornalista José Ody, publicada no jornal Diário da Manhã de 1990, a Igreja Católica, se não adotou o Carnaval, tolerou-o com certa benevolência.
Corridas de cavalo, desfiles de carros alegóricos, batalhas de confetes, corridas de corcundas, lançamento de ovos podres e outras manifestações caracterizavam o Carnaval. O Papa Paulo II também seria um dos responsáveis pela introdução do baile das máscaras que faria sucesso nos séculos XV e XVI na França e Itália.
Carnaval no Brasil
O marco da chegada do carnaval ao Brasil foi a celebração feita pelo povo para comemorar a vinda da Família Real para o país. As pessoas saíram comemorando pelas ruas com música, usando máscaras e fantasias.
Os carros alegóricos chegaram ao país em 1786, quando três dias de festas comemoraram o casamento de Dom João com Carlota Joaquina. O samba é a própria identidade nacional brasileira. E sabe-se que, desde 1870, o cruzamento de influências entre o lundu, a polca, a habanera, o maxixe e o tango começou a produzir um tipo de música que tendia ritmicamente para o samba.
Nos fins do Século XIX, costumava-se designar como samba as festas de dança de negros escravos. Ao ritmo do samba, o país inteiro começa a ferver todo ano com festas em clubes e a criação dos primeiros cordões de folia.
Dores e alegrias
Ao contrário de outros países, no Brasil, o Carnaval se caracterizava antes pela manifestação do delírio coletivo, do desabafo popular, do humor ingênuo das multidões que saem às ruas para cantar suas dores e alegrias.
Até o surgimento das primeiras escolas de samba e seu conseqüente predomínio, a maior atenção do carnaval de rua estava relacionado às chamadas ‘sociedades’. Isto aconteceu pela primeira vez em 1885, através de um desfile.
A primeira música especialmente composta para o carnaval – a já citada ‘Abre Alas’ – estaria ligada, de certo modo, à tese abolicionista. Sua autora, Chiquinha Gonzaga compôs a melodia para o cordão carnavalesco ‘Rosa de Ouro’, título alusivo ao presente do Leão XII enviado à Princesa Isabel pela promulgação da Lei Áurea.
No Rio de Janeiro, surge em 1928, a primeira escola de samba chamada ‘Deixa Falar’.
Para evitar o calorão
Pode-se afirmar ainda que por várias vezes foi tentado mudar a época do carnaval. Tais fatos ocorreram especialmente em 1890, no Rio de Janeiro, quando surgiu a idéia de mudar a data para o último domingo de junho e os dias subseqüentes para ‘evitar os malefícios do verão escaldante’.
Em 1912, por decretação de luto nacional em razão da morte do Barão do Rio Branco, também houve uma tentativa de mudança do carnaval para outra data, o mesmo ocorrendo numa oportunidade quando da I Guerra Mundial.
Carnaval de Erechim... em 1953
Em material retirado da Revista de Erechim, em 1953, segue o seguinte artigo que fala do Carnaval daquele ano no município:
“Segundo a opinião dos foliões que tripulavam as naves e outros carros alegóricos, eles perderam a batalha carnavalesca, pois das sacadas das residências da nossa avenida, a nossa turma estava bem municiada e com sua artilharia em um dia de grande gala. Mesmo assim, os foliões fizeram questão de perder esta batalha, porque de fato, era uma verdadeira alegria e, ser bombardeado assim era uma beleza sem par. E assim, ficaram gratos com a população que soube recebê-los, e entusiasmados para que no próximo ano, haja de fato um curso melhor que este de 1953.
Os bailes foram um espetáculo, vários blocos característicos fizeram sucesso com charges políticas, sociais, etc. O ‘Rancho Alegre’, que ainda não possuía uma sede, conseguiu domingo à noite, os salões de festas do Ypiranga, e ali realizou seu baile que se revestiu de um grande brilhantismo, onde a sociedade demonstrou cooperação e solidarizou-se com a alegria que demonstravam seus signatários.
... Enfim, o carnaval que se realizou (tendo como rainha do C.E.R Atlântico, Íris Massignan), foi um grande evento e marcou época no calendário do divertimento local. Erechim tem o maior carnaval da Serra.
E com a chegada das primeiras horas da manhã de quarta-feira, deixaram os salões de festas dos clubes, os foliões já cansados pela seqüência de quatro dias sem parar, mas ainda mostrando aquele espírito do brasileiro, que é alegre e divertido, com a promessa e o consolo, ‘o ano que vem será maior’”.
Importante colaborador
Também cabe ressaltar neste material, a importância de Euclides Tramontini pelo sucesso dos carnavais de Erechim durante mais de 17 anos. De 1951 a 1968, através da rádio Erechim ele promoveu a Festa de Momo, tornando inesquecíveis momentos de muitos foliões. Segundo Tramontini, na época havia mais rivalidade entre os clubes. Havia, também, desfiles de carros alegóricos, e as promoções de escolha da rainha do Carnaval do município, originavam uma disputa acirrada.
Marchinhas para você cantar no Carnaval
Agora só falta é o pessoal
resolver voltar a compor novas marchinhas em vez de ficar todo mundo cantando as
músicas de 60 anos atrás.
ABRE ALAS
(Chiquinha
Gonzaga, 1899)
Ó abre alas que
eu quero passar
Ó abre alas que
eu quero passar
Eu sou da lira não
posso negar
Eu sou da lira não
posso negar
Ó abre alas que
eu quero passar
Ó abre alas que
eu quero passar
Rosa de ouro é
que vai ganhar
Rosa de ouro é
que vai ganhar
ALLAH-LÁ-Ô
(Haroldo Lobo-Nássara,
1940)
Allah-lá-ô, ô
ô ô ô ô ô
Mas que calor, ô
ô ô ô ô ô
Atravessamos o
deserto do Saara
O sol estava
quente
Queimou a nossa
cara
Viemos do Egito
E muitas vezes
Nós tivemos que
rezar
Allah!
allah! allah, meu bom allah!
Mande água pra
ioiô
Mande água pra
iaiá
Allah! meu bom
allah
AURORA
(Mário
Lago-Roberto Roberti, 1940)
Se você fosse
sincera
Ô ô ô ô Aurora
Veja só que bom
que era
Ô ô ô ô Aurora
Um lindo
apartamento
Com porteiro e
elevador
E ar refrigerado
Para os dias de
calor
Madame antes do
nome
Você teria agora
Ô ô ô ô Aurora
BALANCÊ
(Braguinha-Alberto
Ribeiro, 1936)
Ô balancê balancê
Quero dançar com
você
Entra na roda
morena pra ver
Ô balancê balancê
Quando por mim você
passa
Fingindo que não
me vê
Meu coração
quase se despedaça
No balancê balancê
Você foi minha
cartilha
Você foi meu ABC
E por isso eu sou
a maior maravilha
No balancê balancê
Eu levo a vida
pensando
Pensando só em
você
E o tempo passa e
eu vou me acabando
No balancê balancê
CABELEIRA DO
ZEZÉ
(João Roberto
Kelly-Roberto Faissal, 1963)
Olha a cabeleira
do zezé
Será que ele é
Será que ele é
Será que ele é
bossa nova
Será que ele é
maomé
Parece que é
transviado
Mas isso eu não
sei se ele é
Corta o cabelo
dele!
Corta o cabelo
dele!
CACHAÇA
(Mirabeau
Pinheiro-Lúcio de Castro-Heber Lobato, 1953)
Você pensa que
cachaça é água
Cachaça não é
água não
Cachaça vem do
alambique
E água vem do
ribeirão
Pode me faltar
tudo na vida
Arroz feijão e pão
Pode me faltar
manteiga
E tudo mais não
faz falta não
Pode me faltar o
amor
Há, há, há, há!
Isto até acho graça
Só não quero que
me falte
A danada da cachaça
CIDADE
MARAVILHOSA
(André Filho,
1934)
Cidade maravilhosa
Cheia de encantos
mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu
Brasil
Cidade maravilhosa
Cheia de encantos
mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu
Brasil
Berço do samba e
das lindas canções
Que vivem n’alma
da gente
És o altar dos
nossos corações
Que cantam
alegremente
Jardim florido de
amor e saudade
Terra que a todos
seduz
Que Deus te cubra
de felicidade
Ninho de sonho e
de luz
ÍNDIO QUER
APITO
(Haroldo
Lobo-Milton de Oliveira, 1960)
Ê ê ê ê ê índio
quer apito
Se não der pau
vai comer
Lá no bananal
mulher de branco
Levou pra pra índio
colar esquisito
Índio viu
presente mais bonito
Eu não quer colar
Índio quer apito
MAMÃE EU QUERO
(Jararaca-Vicente
Paiva, 1936)
Mamãe eu quero,
mamãe eu quero
Mamãe eu quero
mamar
Dá a chupeta, dá
a chupeta
Dá a chupeta pro
bebe não chorar
Dorme filhinho do
meu coração
Pega a mamadeira e
vem entrá pro meu cordão
Eu tenho uma irmã
que se chama Ana
De piscar o olho já
ficou sem a pestana
Olho as pequenas
mas daquele jeito
Tenho muita pena não
ser criança de peito
Eu tenho uma irmã
que é fenomenal
Ela é da bossa e
o marido é um boçal
MARCHA DO
REMADOR
(Antônio Almeida
- 1969)
Se a canoa não
virar olê olê olá
Eu chego lá
Rema rema rema
remador
Quero ver depressa
o meu amor
Se eu chegar
depois do sol raiar
Ela bota outro em
meu lugar
MARCHA DO CORDÃO
DO BOLA PRETA
(Nelson Barbosa -
Vicente Paiva, 1962)
Quem não chora não
mama
Segura meu bem a
chupeta
Lugar quente é na
cama
Ou então no Bola
Preta
Vem pro Bola meu
bem
Com alegria
inferna
Todos são de coração
Todos são de coração
Foliões do
carnaval
(Sensacional!)
ME DÁ UM
DINHEIRO AÍ
(Ivan
Ferreira-Homero Ferreira-Glauco Ferreira, 1959)
Ei, você aí!
Me dá um dinheiro
aí!
Me dá um dinheiro
aí!
Não vai dar?
Não vai dar não?
Você vai ver a
grande confusão
Que eu vou fazer
bebendo até cair
Me dá me dá me dá,
ô!
Me dá um dinheiro
aí!
MULATA IÊ IÊ
IÊ
(João Roberto
Kelly, 1964)
Mulata bossa nova
Caiu no hully
gully
E só dá ela
Ê ê ê ê ê ê
ê ê
Na passarela
A boneca está
Cheia de fiufiu
Esnobando as
louras
E as morenas do
Brasil
O
TEU CABELO NÃO NEGA
(Lamartine
Babo-Irmãos Valença, 1931)
O teu cabelo não
nega mulata
Porque és mulata
na cor
Mas como a cor não
pega mulata
Mulata eu quero o
teu amor
Tens um sabor bem
do Brasil
Tens a alma cor de
anil
Mulata mulatinha
meu amor
Fui nomeado teu
tenente interventor
Quem te inventou
meu pancadão
Teve uma consagração
A lua te invejando
faz careta
Porque mulata tu não
és deste planeta
Quando meu bem
vieste à terra
Portugal declarou
guerra
A concorrência
então foi colossal
Vasco da gama
contra o batalhão naval
PIRATA DA PERNA
DE PAU
(Braguinha, 1946)
Eu sou o pirata da
perna de pau
Do olho de vidro
da cara de mau
Minha galera
Dos verdes mares não
teme o tufão
Minha galera
Só tem garotas na
guarnição
Por isso se outro
pirata
Tenta a abordagem
eu pego o facão
E grito do alto da
popa:
Opa! homem não!
QUEM SABE, SABE
(Jota
Sandoval-Carvalhinho, 1955)
Quem sabe, sabe
Conhece bem
Como é gostoso
Gostar de alguém
Ai morena deixa
Eu gostar de você
Boêmio sabe beber
boêmio também
tem querer
SASSARICANDO
(Luiz Antônio, Zé
Mário e
Oldemar Magalhães,
1951)
Sassassaricando
Todo mundo leva a
vida no arame
Sassassaricando
A viúva o
brotinho e a madame
O velho na porta
da Colombo
É um assombro
Sassaricando
Quem não tem seu
sassarico
Sassarica mesmo só
Porque sem
sassaricar
Essa vida é um nó
TA-HÍ!
(Joubert de
Carvalho, 1930)
Taí eu fiz tudo
pra você gostar de mim
Ai meu bem não
faz assim comigo não
Você tem você
tem que me dar seu coração
Meu amor não
posso esquecer
Se dá alegria faz
também sofrer
A minha vida foi
sempre assim
Só chorando as mágoas
que não têm fim
Essa história de
gostar de alguém
Já é mania que
as pessoas têm
Se me ajudasse
Nosso Senhor
Eu não pensaria
mais no amor
o, homem ou mulher
20.02.2004
_______________________________
Fonte: Jornal
Boa Vista
Design by Meirelles & Piccoli Publicidade - Fone (54) 321-6226
Copyright©
2002 - Meirelles
& Piccoli Corp.
Todos os direitos reservados (All Rights Reserved)